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Mais um! Acho que agora paro de contar…

Difícil fazer aniversário nesses tempos de globalização.
Até as 08:00h da noite não havia recebido nenhuma ligação… E dai pra acabar o dia foram 3
somente… Abraços foram meia dúzia… Agora na página do orkut, bombou!
Claro que amei todos recadinhos, claro também que o próprio site avisa cada pessoa.
Não gosto muito deste dia. Costuma-se criar expectativas que normalmente se frustrão. Nem espero presentes, não por demagogia barata mais realmente não me interessa se não for de coração.
Dias comemorativos costumam me deixar triste. Faço de tudo para relaxar e não ficar anciosa, não querer que dê tudo certo, que seja um dia marcante, mais ainda não consegui harmoniar e estabilizar psicologicamente as emoções. Sempre fica faltando alguma coisa…
Estou feliz! Tenho uma pessoa que amo e me ama. Tenho uma filha linda e maravilhosa. Tenho saúde e um Deus maravilhoso.
Hoje senti falta de amigos… Sei que os tenho, mais não aqui do lado, presentes… Os que tenho são verdadeiros e sou grata por isso. Mais senti falta de abraços… Fazer o que né!? Nem tudo são rosas.
Agora chega de lamúrias!
Continuo do mesmo jeito que estava ontem e que estarei amanhã. Ainda sou a mesma.
Que venham os 24!

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ô musiquinha chata

Ela,

Depois de um longo dia de trabalho, de uma jornada para a volta pra casa, na lotação super lotada quando sai do ponto o motorista liga o som. Não coloca em qualquer música, coloca NA música. Aquela foi escolhida a dedo… É super… Uma magavilha…
“AMOR, POR FAVOR, NÃO DESLIGUE O TELEFONE. EU SOU SUA MULHER E VC É O MEU HOMEM”
Um forró que não tenho nem como descrever. A mesma frase umas cinnquenta vezes seguidas, ai a música nunca acabava, ficou mais de dez minutos, depois trocou a letra mais não parou a música, no mesmo toquinho, no mesmo estilo.
Daqui a pouco entra de novo a tal frasezinha… amor, por favor…
Foi automático. Todas as pessoas dali falaram “AAAAAAAAAAAAAAA NÃÃÃÃÃÃÃÃOOOOO.
Ai todo aquele mumurinho, um dizia que era a banda da família do motorista, outro pedia pra desligar o som, pra mudar de música, pra acabar com aquele martirio, mais nada, o motorista nem se abalou…
Foi uma tormenta!
E o pior: a música é daquelas que não saem da cabeça… Ficou horas e horas com aquilo martelando… amor, por favor, não desliga o telefone…
Dureza!
Chegaaa!!!
Amor, por favor, não desliga o telefone, eu sou sua mulher e vc é o meu homem…

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Pensar é estar doente dos olhos

O meu olhar é nítido como um girassol.
Tenho o costume de andar pelas estradas
Olhando para a direita e para a esquerda,
E de vez em quando olhando para trás…
E o que vejo a cada momento
É aquilo que nunca antes eu tinha visto,
E eu sei dar por isso muito bem…
Sei ter o pasmo essencial
Que tem uma criança se, ao nascer,
Reparasse que nascera deveras…
Sinto-me nascido a cada momento
Para a eterna novidade do Mundo…

Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender…

O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo…

Eu não tenho filosofia; tenho sentidos…
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar…

Amar é a eterna inocência,
E a única inocência não pensar…

Fernando Pessoa
Alberto Caeiro, em “O Guardador de Rebanhos”, 8-3-1914

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Três certezas

De tudo ficaram três coisas…
A certeza de que estamos começando…
A certeza de que é preciso continuar…
A certeza de que podemos ser interrompidos antes de terminar…
Façamos da interrupção um caminho novo…
Da queda, um passo de dança…
Do medo, uma escada…
Do sonho, uma ponte…
Da procura, um encontro!

Fernando Sabino

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Passou!

Eu amo tudo o que foi
Tudo o que já não é
A dor que já não me dói
A antiga e errônea fé
O ontem que a dor deixou
O que deixou alegria
Só porque foi, e voou
E hoje é já outro dia.

Fernando Pessoa

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Três conselhos

Um casal de jovens recém casados, era muito pobre e vivia de favores num sítio do interior. Um dia o marido fez uma proposta à esposa:

– Querida eu vou sair de casa e vou viajar para bem distante, arrumar um emprego e trabalhar até que eu tenha condições de voltar e dar a você uma vida mais digna e confortável.
Não sei quanto tempo vou ficar longe de casa, só peço uma coisa: que você me espere e, enquanto eu estiver fora, seja fiel a mim que eu serei fiel a você.
Assim sendo o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudar em sua fazenda.
Ele se ofereceu para trabalhar, e foi aceito. Sendo assim, le propôs um pacto ao patrão:

– Patrão eu peço só uma coisa para o Senhor.
Deixe-me trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que eu devo ir embora o Senhor me dispensa das minhas obrigações.
Não quero receber o meu salário.
Quero que o Senhor o coloque na poupança até o dia que eu sair daqui. No dia em que eu sair o Senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho.

Tudo combinado, aquele jovem trabalhou muito, sem férias e sem descanso.

Depois de vinte anos ele chegou para o seu patrão e lhe disse:

– Patrão eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa.
O patrão então lhe disse:

– Tudo bem, nós fizemos um pacto e eu vou cumprir, só que antes eu quero lhe fazer uma proposta. Curioso ele pregunta qual a proposta e seu patrão lhe diz:

– Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora ou eu lhe dou três conselhos e não lhe dou o dinheiro e você vai embora.
Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos não lhe dou o dinheiro.
Vai pro seu quarto, pensa e depois me dá a resposta.
O rapaz pensou durante dois dias depois procurou o patrão e lhe disse:

– Eu quero os três conselhos.
– Se eu lhe der os conselhos eu não lhe dou o dinheiro.
– Eu quero os conselhos.

O patrão então lhe falou:

1º “Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida”;

2º ” Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal
pode ser mortal”;

3º ” Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode
se arrepender e ser tarde demais”;

Após dar os três conselhos o patrão disse ao rapaz que já não era tão jovem assim:

– Aqui você tem três pães, dois são para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com a sua esposa quando chegar em sua casa.

O rapaz seguiu o seu caminho de volta para casa, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava. Andou durante o primeiro dia e encontrou um viajante que o cumprimentou e lhe perguntou:

– Pra onde você vai?

– Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada.

– Rapaz, esse caminho é muito longo, eu conheço um atalho que é dez vezes menor e você vai chegar em poucos dias.

O rapaz ficou contente e começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho do seu patrão:

“Nunca tome atalhos em sua vida,

caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida”.
Então voltou e seguiu o seu caminho. Dias depois ele soube que aquilo era uma emboscada.

Depois de alguns dias de viagem, achou uma pensão na beira da estrada onde pôde hospedar-se. De madrugada acordou assustado com um grito estarrecedor e muito barulho. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para sair.
Quando lembrou do segundo conselho:

Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade pro mal pode ser mortal”. Voltou, deitou-se e dormiu.
Ao amanhecer, após tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que sim
– Então por que não ver o que era, não ficou curioso?
Ele disse que não. Então o hospedeiro lhe falou:

– Você é o único que sai vivo daqui, um louco gritou durante a noite e quando os hóspede saia ele o matava.
O rapaz seguiu seu caminho e depois de muitos dias e noites de caminhada, já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça da sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta da sua esposa.
O dia estava escurecendo, mas ele pode ver que a sua esposa não estava só.
Andou mais um pouco e viu que ela tinha sentado no colo de um homem a quem estava acariciando os cabelos.
Ao ver aquela cena o seu coração se encheu de ódio e amargura e ele decidiu matar os dois sem piedade.
Apressou os passos, quando se lembrou do terceiro conselho: “Nunca tome decisões em momentos de ódio e de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais”. Então ele parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo. Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse:

– Não vou matar minha esposa e nem o seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes eu quero dizer para a minha esposa que eu fui fiel a ela. Dirigiu-se à porta da casa e bateu.
Ao abrir a porta esposa reconhece o seu marido e se atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente. Ele tenta afastá-la, mas não consegue, tamanha a felicidade dela. Então com lágrimas ele lhe diz:
– Eu fui fiel a você e você me traiu.
– Como? __ e ainda espantada diz_ Eu não lhe traí, o esperei durante esses vinte anos.
– E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?
– Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora eu descobri que estava grávida e hoje ele está com vinte anos de idade.
Então ele conheceu e abraçou seu filho, contou-lhes toda a sua história enquanto a esposa preparava o café e sentaram-se para tomar o café e comer o último pão.
Após a oração de agradecimento e lágrimas de emoção ele parte o pão, e ao parti-lo, ali estava todo o seu dinheiro…!

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Vida Efêmera

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é efêmera, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.
Muitas flores são colhidas cedo demais. Algumas, mesmo ainda em botão. Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor. E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros.
Nos entristecemos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos.
Perdemos dias, às vezes anos. Nos calamos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso “porque não estamos acostumados com isso” e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente.
Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos.
Nos consumimos. Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.
E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos? Isso faria uma grande diferença.
E o tempo passa…
Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: E agora?
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou. O que perdemos, perdemos. Olhe para frente!
Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.
Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo efêmera, ainda está em nós. Pense!… Não o perca mais!…

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Compraram!

Ela…

Estava aflita, cansada, desanimada, desmotivada, sem perspectivas.

Agora está esperançosa, saltitante, motivada e radiante!

Um problema por vez. Um dia de cada vez. Ontem triste, hoje feliz!

E assim vai…

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Vendendo o próprio peixe

Ela…

Hoje teve um dia difícil.
Participou de um processo seletivo para uma vaga de emprego.
Ela detesta venda… Ter que vender seu próprio peixe é uma tarefa bem dura. O último emprego que ela procuraria seria com vendas, não consegue persuadir as pessoas a comprar algo que não estão tão afim. Quando vai às compras, quase sempre se irrita com as pessoas oferecendo as coisas e mostrando somente o lado bom e que as convém. Nem mesmo o produto que mais gosta não saberia vender porque o que acha que o que pode ser bom a ela pode não ser bom ao próximo e tem receio de vender gato e ser surpreendida por uma lebre.
Ter que se auto avaliar é muito reflexivo e ainda expor seus pontos fortes e fracos a uma pessoa que nunca viu na vida torna a tarefa ainda mais complexa.
Ainda mais ter que falar parte da história, ocultar um detalhe ou outro, não falar claramente que a remuneração é de fato extramamente importante e que se não precisar fazer extra é melhor ainda, que tem patrão que é um saco bem grande e que tem colega de trabalho que é quase impossível de aguentar e ter que falar que trabalhar sobre pressão é normal.
Entrevista com um aqui, testes ali, novamente entrevista lá e mais testes cá.
Nisso se passam horas… E o medo de abrir a boca e soltar uma pérola… Medo de estragar tudo… Ver seus defeitos sendo apontados e ainda ter que concordar… Expor suas expectativas para o futuro, ter que estipular um prazo para relizar seus objetivos… Falar que quer crescer com a empresa sendo que muitas vezes mal a conhece.
A pior parte é esperar a bendita ligação que a aprove (ou a que não, que quase nunca chega, predomina na maior parte das vezes a lacuna não respondida).
No fim de tudo, um dia cansativo, reflexivo e esperançoso. Bola pra frente que a vida não pára!

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Como se rouba um coração

“Para se roubar um coração é preciso que seja com muita habilidade, tem de ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa.
Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo docilmente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração, definitivamente, tem de ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que, antes, tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago e, então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. Uma metade de alguém que será guiada por nós, e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.
Eles sofrerão altos e baixos sim, mas, com certeza, haverá instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes, e sabe por quê? Porque faltará a metade dele que ainda não está junto de nós. Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte, e alguém, por vontade própria sem que precisemos roubá-la ou furtá-la, nos entregará a metade que faltava.
E é assim que se rouba um coração…, fácil não? Pois é, nós só precisaremos roubar a primeira metade…
E se, em algum momento, chegar a hora da partida, as coisas vão se complicar, alguém terá que partir sem o seu coração, pois quem roubou nem sempre aceita fazer a devolução. Vai tentar negociar, subornar, chantagear, tantas coisas…, mas o ladrão não cederá, não poderá haver devolução porque um coração se consolidou junto ao outro, e estarão num cantinho impenetrável que ninguém conseguirá alcançar. E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida afora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém… É simples…, é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, seqüestrados, furtados, e jamais quem os levou aceitou fazer a devolução, nem mesmo… sob ordem de prisão!”

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Coisas de mãe

Se os filhos estão bem alimentados,
É ela que se sente satisfeita.
Se estão risonhos e felizes,
É ela que se pega sorrindo também.
Se estão de roupinha nova,
É ela que se sente bonita.
Se eles vão bem na escola,
Parece que o aproveitamento escolar é dela.
Se arranjam novos amigos,
É ela que se sente popular e querida.
Se viajam para novos lugares,
É ela que curte o passeio, mesmo ficando em casa.
A cada meta que atingem ou troféu que ganham,
É ela que curte a sensação de vitória.
Passa a gostar de rock,
Mesmo que antes não pudesse nem ouvir.
Passa a olhar com simpatia,
Os ídolos e os amores de seus filhos.
Passa a adorar cachorros,
Mesmo que antes só gostasse de gatos.
Desnecessário dizer o que ela sente,
Quando alguma coisa dá errado, porque, por tabela,
Ela sentirá em dose tripla,
Cada tombo,
Cada perda,
Cada rejeição,
Cada fracasso,
Cada desapontamento.
Tudo isto são… coisas de mãe!

Feliz dia das mães! A todas nós!

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Palavras para a Minha Mãe

mãe, tenho pena.
esperei sempre que entendesses as palavras que nunca disse e os gestos que nunca fiz.
sei hoje que apenas esperei, mãe, e esperar não é suficiente.
pelas palavras que nunca disse, pelos gestos que me pediste tanto e eu nunca fui capaz de fazer,
quero pedir-te desculpa, mãe, e sei que pedir desculpa não é suficiente.
às vezes, quero dizer-te tantas coisas que não consigo,
a fotografia em que estou ao teu colo é a mais bonita que tenho, gosto de quando estás feliz.
lê isto: mãe, amo-te. eu sei e tu sabes que poderei sempre fingir que não escrevi estas palavras,
sim, mãe, hei-de fingir que não escrevi estas palavras, e tu hás-de fingir que não as leste,
somos assim, mãe, mas eu sei e tu sabes.

José Luís Peixoto, in “A Casa, a Escuridão”

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A vida muda, quando “você muda”.

Nota de Falecimento (Luiz Fernando Verissimo)

Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito:
“Faleceu ontem a pessoa que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na quadra de esportes”.
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do velório.
Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação aumentava:
– Quem será que estava atrapalhando o meu progresso?
– Ainda bem que esse infeliz morreu!
Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para suas salas. Todos, muito curiosos mantinham-se na fila até chegar a sua vez de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um deles.
A pergunta ecoava na mente de todos: “Quem está nesse caixão”?
No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo…
Só existe uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si mesmo.
“SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA… QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA.”
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença.
A vida muda, quando “você muda”.

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Programa furado…

Ela!

Foi ao cinema ver um filme que à muito almejava…
Com o seu amor, um programinha que os dois adoram. Uaaaauuu que super dez! Muito legal o filme! Tirando o pequeno detalhe da falta da energia no cinema quando faltavam poucos minutos para acabar o filme. O mais legal é que ficaram quase uma hora esperando a energia voltar, segundo orientações dos lanterninhas, e nada… Eis que surge um que diz que o gerente resolveu liberar vouchers para outras sessões. Saindo da sala aquela muvuca, eram várias salas, todas liberadas ao mesmo tempo e um só gerente para dispersar a multidão, revolta e no escuro. Resolveram ir para casa, perder uma graninha, um tempão e ainda ficar sem saber do fim do filme…
Como boa brasileira, que sempre dá um jeitinho, assiste uma versão mal acabada que vazou na internet, que havia relutado em assistir aguardando a tão almejada ida ao cinema.
Por fim, balanceia tudo e vê que realmente valeu a pena. As horas passadas ao lado dEle, o passeio e principalmente ter uma cópia (mesmo que inacabada) a esperando em casa.

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Renova-te

Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro.
Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.

Cecilia Meireles