Tempo, não corra, não fuja de mim, não esmague minhas esperanças!
Tenho tanto o que fazer, tenho tanta coisa para conhecer, tantos planos.
Não me julgue, não jogue na cara o que foi desperdiçado, não me entristeça.
As duras penas encurvam meus ombros, os fardos me doem a espinha.
Os incontáveis erros foram tentando acertar, tentando ser feliz.
Aprender a enxergar o lado bom na colheita é o que faz valer.
Um dia de conflito, um de esperança, um de paz.
Um de ver a dificuldade, um de ver um obstáculo superado.
Sempre revirando a bagagem, tirando do fundo o que faça a espinha ereta.
Preciso estudar, amar, me jogar, arriscar, plantar, colher, me lambuzar.
Até aqui sobrevivi. Daqui para frente o lema é viver.
Não me esmague, ó tempo. Não fuja, não corra!