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Resoluções de ano novo

Não que algum dia eu já tenha batido bem da cabeça mas esse ano o negócio está mais puxado.

Não que algum dia eu já tenha gostado dessas datas comemorativas mas esse ano está mais sensível. 

Não que eu seja boa em balanço e pró atividade para tirar os planos do papel mas esse ano conseguir levantar da cama já era uma vitória que precisava de um oscar por vez.

Então eu que sempre torcia o nariz quando alguém comemorava a chegada de um novo mês, de uma nova estação e de um novo ano, mesmo tendo me prometido não fazer mais resoluções, me pego aqui juntando uns pontos.

Sempre me incomodava o pessoal reclamando do ano que está acabando, dizendo que foi um péssimo ano, que aconteceram coisas terríveis, desastres naturais, tragédias, dificuldades financeiras, mortes, fins de relacionamentos, ops… Chegou onde meu calo apertou.

Sempre pensava que as pessoas não sabem agradecer com o que de bom foram agraciadas e só enxergam as partes ruins. 

Sempre achei que a mudança do relógio, do tempo, do calendário não mudam nada. 

Que o que realmente muda é o que vai dentro da gente. 

Que o coração é que faz a diferença.

Que a cabeça que tem que mudar.

Sim. Claro! Hoje entendo que não era a diferentona. Todo mundo pensa assim (ou a grande maioria).

É que tem coisas que nem nos atingem. Algumas de forma mais sutil. Algumas de forma destruidoras.

Ter um certo equilíbrio mental deve ser legal. Conseguir balancear o que manda o coração com o que diz o cérebro deve ser mais ainda. 

2016 não foi meu camarada.

Foi o primeiro que eu pensei “esse queria deletar!”. Então fui buscar la na lixeira se tinha algum outro que tivesse me tirado do eixo. Achei 2006. Em comum, final de relacionamentos. Revirando as gavetinhas, lá eu tinha um grande amor, grande mesmo. Decepção, orgulho ferido, me anulei em prol de tentar construir uma família…  

Olha só, no recente quase tudo igual. Não sou trouxa nova. Repeti a fórmula do fracasso! Nos dois casos nem dá pra julgar o ano como vilão. Nas duas vezes foram coisas de meses, tempos já acumulando. Dá pra dizer que foram neles o grito de basta. Então apesar de todos os pesares pesados, foram de libertação. 

Se por acaso acontecer outro amor, provavelmente serei tudo igual. Devo ser mais inteligente, sim. Devo fazer diferente, claro. Primeiro preciso me gostar. Me amar. Me valorizar. E se não tiver entrega, apego, amor… Não serei eu. Que Deus me ajude! 

Naquele momento e nesse igualmente existiam trapos, cacos, migalhas espalhadas pelo chão. 

E teve um abrigo. O mesmo. A mesma casinha, a mesma mãe. Os mesmos parentes e amigos. Amigos mudaram alguns, acrescentaram outros. 

Lá eu renasci.

Também passei por um longo inverno do lado de dentro. 

Estranho que a dor não caleja. Cada qual dói a sua maneira. 

Na fase de transição não dá pra entender nada. Tem que se manter resiliente certo de que nada dura para sempre. Se nem a alegria é eterna, quem dirá a tristeza. E precisamos conhecer as duas, as respeitar para que quando a outra chegar, a primeira valer a pena. 

Outro ponto que pulsa aqui no 16, foi que eu temia muito sentir remorso no momento que meu pai partisse. Surpreendentemente não o tive. Dor sim. E muita! Queria que muita coisa tivesse sido diferente. Queria ter feito muita coisa diferente. Eu fiz. Tudo que estava ao meu alcance. Financeiramente não tinha como. Fisicamente também não. Psicologicamente, deixa pra lá… Era um assunto que me fazia extremamente mal. Sugava todas minhas energias e abalava todas minhas estruturas. Só conseguia respirar quando me trancava e engolia a chave. Num cantinho escuro onde ninguém poderia entrar. 

E agora!? Como não me apegar cheira de expectativa em 2017!?

O plano para o ano novo é conseguir me recuperar desse. Tentar encarar despretensiosamente cada uns dos 365 leões que me aguardam. Buscar quietude na mente para sofrer menos com as decepções e se alegrar mais com as doces surpresas.  

Obrigada 16! 

Foi pesado, foi intenso, foi preciso. 

Se aprochegue 17!

Seja um professor amoroso! Seja gentil! Seja muito bem vindo!!!

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Camisetas personalizadas tema circo

Personalizei essas camisetas com o tema circo para uma encomenda. A do aniversariante, da mamãe e do papai. Eu achei que seria bem fácil e rápido mas… Me enganei hahahaha Foi minha primeira, não gostei muito do resultado, acho que poderia melhoras em vários pontos. Enfim, ficou o aprendizado. Obrigada Mari pela confiança <3

Inspirem-se!

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20/12/2016

E eu que não sei falar. E nem pensar. Escrevo! Escrevo porque não consigo organizar os pensamentos. Escrevo pra tentar entender. Escrevo pra respirar.

E eu que não bebo. Hoje tomaria um porre! Ou qualquer outra coisa que me fizesse sair de órbita. Sair da realidade. Descansar da vida. 

Queria um momento sem culpa. Uma dose de egoísmo. Uma dança com o amor próprio.

Só por hoje eu gostaria de morrer. E amanhã poder tentar de novo. Como se já não estivesse assim há tempos. Tantos dias duros. Tantas noites em claro. Tanta caraminhola descontrolada.

Queria o botão de parar de pensar. Esse da saudade faz muito estrago. Além de teimoso é nada inteligente. Onde desliga o sentir? É muita falta de dignidade.   

Uma pitada de calmaria nesse caldeirão de caos, por favor!

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05/12/2016

Não teve um que veio com o pé e o outro com a bunda.

Houve um desgaste. 

E quando estava insuportavel, eu que tive a descencia de formalizar as coisas.

Ou seguimos juntos, ou aceitamos que não estamos mais no mesmo barco. 

E foi assim. 

Eu sei que não deveria me martirizar por uma coisa que não dependia só de mim. 
Sei que preciso deixar pra traz tudo que não me leva pra frente.

Cansada de ter que reafirmar a todo momento tudo o que o cerebro já sabe. Coração tolo! 

Odeio que ainda o amo. E quero odiá-lo pra ver se o esqueço.

Acabo esquecendo do que preciso lembrar. Das dezenas de pequenices e centenas de tentativas em vão. Da abnegação e do amor próprio que tanto me faz falta.

Desejava com toda força do universo que desse certo. E a frustração é navalha impertinente aqui do lado de dentro.