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Encomenda Quadrinho flamingos

Fiz esse quadrinho a pedido de um amigo de longa data, para presentear um casal de amigos que temos em comum.

Ele me deixou livre pra desenvolver qualquer tema para saudação de boas vindas à casa nova.

Esse casal está junto desde o tempo da escola e agora conseguiram conquistar seu tão sonhado lar.

Eu escolhi flamingos pela história. Eles tem o mesmo par por toda vida. Tão fofo!

E em cada detalhe, cada pontinho de todo trabalho, vou mandando muitas energias boas a quem o vai receber.

Que esse mimo possa alegrar aquela casa. E que prosperem por toda vida! 💞

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Identidade visual

Há tempos precisava fazer um logotipo. Não tenho ideia de como fazer no computador, nem tenho como investir recursos pra mandar alguém fazer. Já tinha o rascunho na minha cabeça. Já tentei passar para o papel várias vezes mas nunca da certo. Não consigo transferir. Tem o logo, o videozinho de abertura, tem vários nuances, um trocadinho do meu nome com o nome do blog, enfim.

Adiei muito.

Sempre me incomodou não ter isso.

É difícil fazer tudo sozinha. Mas no meu tempo, vou desenrolando como da.

Eu gosto de feltro, de costura criativa, coisinhas fofas. Resolvi então fazer minha marquinha do jeitinho que eu sei mesmo.

Saiu esse quadrinho. Não exatamente como eu queria, não sei bordar. Sei arriscar.

Aos pouquinhos estou aprendendo o mais importante: confiar em mim! Preciso deixar se ser meu pior capataz. E passar a ser minha maior incentivadora.

Estou amando!

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10/10/17

Hoje era um daqueles dias que a gente tem mil coisas pra resolver na rua. Precisava ir em dois bancos, comprar um chinelo pra um filho, pijama pro outro, comprar enchimento pra fazer os presentes das professoras (esse com urgência pois ainda tinha que confeccionar duas peças até o final do dia! e consegui!), comprar lanchinhos para o piquenique de um, passar na escola do outro pra acertar o passeio, comprar uma garrafinha, ir no açougue e no mercado. As quarto últimas deixei pra amanhã. A contra gosto. Fiz o que deu antes do meio dia que é quando um chega da escola. A tarde empenhei nos presentinhos.

Acordei. Mandei os meninos pra escola. Tomei café. Uma horinha de costurices. Fui me arrumar pra sair. Peguei uma bermuda. Troquei por uma calça. Peguei uma sapatilha. Troquei pelo tênis.

Peguei os fones de ouvido. Mudei de ideia na saída. Ida ao banco requer atenção dobrada ao movimento. Três detalhes bobos que me soaram como intuição. Ouvi. Obedeci.

Andei uns 300 metros e plaft. Levei um tombo ridiculamente bobo. Fazia muito tempo que isso não me acontecia. Ali no meio do movimento, pessoas passando, ônibus com uma boa plateia, funcionários trabalhando. Vergonha imensurável. Uma doce senhora me ajudou levantar, limpar a roupa e me situar.

Aquele segundo entre virar o pé e me estatelar no chão passou em câmera lenta. Em um piscar de olhos, pude ouvir com o coração, a voz de um amigo me chamando de “Quedinha”, apelido carinhoso que me deu, imagina-se o porque. Eu era muito boa em cair. Na rua, no transporte, no shopping. Não podia ver uma vergonha que já queria passar. Não sei explicar, acontecia. Com frequência. Fiquei em dúvida se voltava pra casa pra chorar em paz. Não seria prudente protelar todos os afazeres. Um riso frouxo se apoderou e segui em frente. Trouxe várias lembranças. Visitei o passado. O coração transbordou de ternura. Vi muitas pessoas que fizeram parte de um bom pedaço da minha vida. O sorriso me acompanhou todo o caminho. Junto das boas memórias.

Lembrei-me da época do meu primeiro emprego. Era uma menina com 16 anos. Começou com um estágio de um micro salário. Eu achava o máximo desbravar as ruas da cidade. E ir pra escola depois do trabalho. Me sentia importante. Convivi com tantas pessoas incríveis. Claro que tinham as pedras nos sapatos, porém hoje só me amarrei nas que tocaram e mudaram de alguma forma positiva a minha vida. Fiquei 5 anos lá. Já fazem quase 12 que sai. Ainda mantenho algumas boas amizades. Outras amizade permanecem no catálogo das redes sociais. Outras daria tudo pra encontrar novamente. Mesmo que fossem só nas redes, só pra acompanhar de longe suas aventuras.

O joelho inchado e ralado funcionou muito bem nas 3 horas de caminhada. Tenho impressão que foi o coração aquecido. Depois quando repousei é que senti a dor. Dor essa que pouco importa. O risinho da manhã ainda está grudado no meu rosto. Assim como as memórias. Enquanto eu respirar, vou ser grata a todos vocês <3

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07 de Outubro

Todo dia 6 de Outubro eu fico assim, nostálgica.

As 9 da noite começou o trabalho de parto.

Uma noite inteirinha com cada segundo registrado na memória, na pele e na alma.

Há 14 anos, no dia 7, depois de 39 semanas e 5 dias, 14 horas de contrações, quase 11 horas da manhã, com 3.300 quilos e 48cm, chegou minha menininha.

Não existem palavras pra descrever esse momento.

Nem tantos outros.

É só sentir.

É único, pessoal e intransferível.

Pra mim, maternagem se resume a amor e dor. Dói o tempo todo. E o amor contorna e faz seguir em frente.

Dói o susto.

Dói a dúvida.

Dói a insegurança.

Dói o medo.

Dói o desconhecido.

Dói a pausa no eu.

Dói os sonhos.

Dói os anseios.

Dói os desejos.

Dói a abnegação.

Você chegou em outubro mas eu já era mãe desde janeiro. Desde quando passei a ser nós duas.

Minha listinha de prioridades nunca mais foi só minha.

Me desfiz e me refiz tantas vezes.

As temidas dores do parto são treinamento. Ali na hora parecem ser tudo. Depois a cada nova dor aquelas viram saudade. Porque ali literalmente era em mim. Todas as outras que vi doer em ti queria poder transferir pra mim. Quando dói ai, aqui é pelo menos duas vezes mais.

Pequenininhos dói um cansaço físico exaustivo.

Depois dói a independência.

No parto nem se sente ao cortar o cordão umbilical.

Agora quando ele é rompido depois de grande…

Ah, essa dor!

A gente vive pelo filhos e depois não sabe mais viver sem eles.

Gi, minha filha, meu amor, minha vida. Primeira vez que passamos longe fisicamente… Que seu dia seja lindo! E sua vida abençoada e próspera! Feliz aniversário amorzinho!!!

Eu poderia dizer que te queria grudadinha em mim como quando era na gestação.

Mas mesmo doendo tanto, eu prefiro te ver crescendo e voando.

O ninho continua pra sempre disponível meu bem 💞