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Renova-te

Renova-te.
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro.
Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.

Cecilia Meireles

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Bilhete

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve,
e o amor mais breve ainda…

Mário Quintana

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Quase

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.

Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

Sarah Westphal

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Não dá pra pensar em mim sem pensar em você

Divino acaso da vida te encontrar perdido em meio a tamanha multidão. Hoje, você é minha perdição! E perdida em meio a você, me encontro mais a cada dia… Fundidos em uma só alma, re-construimos o nosso presente e ornamos nosso futuro de sonhos. Dissipamos as nuvens dos dias nublados e quando o sol aparece, colorimos o mundo com as cores do nosso Amor, cintilantes e quentes. Não dá pra pensar em mim sem pensar em você, realmente meu corpo sem o seu é apenas metade, uma parte vazia e fria. Só eu e você sabemos como nos completamos em tudo… Corpo, alma e espírito fundidos em toda a sua integridade. Neste labirinto de rostos e expressões vazios, tive a sorte de achar um, especial, reluzente. O dono dos olhos mais doces que já vi, do abraço mais aconchegante que existe, do Amor mais perfeito que eu poderia imaginar… E ele é somente MEU! Ainda bem que você vive comigo nos dias ensolarados ou nublados, em todas as estações do ano, fazendo cada dia mais e mais especial, único… Ainda bem que tenho você, que posso ter a certeza de que sou sua e estou em boas mãos, e que essa é a minha promessa de felicidade. Do contrário, não sei o que seria dessa vida!

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2 anos… Ainda bem!

“Ainda bem que você vive comigo, pq senão como seria essa vida? Sei lá… Nos dias frios em que nós estamos juntos, nos abraçamos sobre o nosso conforto de amar. Se há dores, tudo fica mais fácil, seu rosto silencia e faz parar. As flores que me manda são fato do nosso cuidade o entrega… Meus beijos seus os seus não daria, os dias chegariam sem paixão. Meu corpo sem o seu, uma parte. Seria o acaso e não sorte. Neste mundo de tantos sonhos, entre tantos outros, que sorte a nossa, hein? Entre tantas paixões… Esse encontro, nós dois, esse amor! Entre tantos outros, entre tantos anos, que sorte a nossa, hein? Entre tantas paixões, esse encontro, nós dois, esse amor!”

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destino

Não é preciso mostrar beleza aos cegos, nem dizer verdade aos surdos. Basta não mentir para quem te escuta, nem decepcionar os olhos de quem te vê! O destino decide quem vamos encontrar na vida. Mas as atitudes decidem quem fica.

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Sou assim

Tenho medo do provável. Dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo. Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele. Sou inconstante e talvez imprevisível. Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles para quem eu digo isso. E me irrito de forma inexplicável. São poucas as pessoas para quem eu me explico. Meus amigos não precisam; e meus inimigos não entenderiam!

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Sou a Miss imperfeita

“Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço as unhas toda semana! E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.

É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante”.

(Martha Medeiros)

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Psicólogo

Psicólogo não elogia, reforça
Psicólogo não fica de mal, põe em extinção
Psicólogo não troca às bolas, generaliza
Psicólogo não dá toque, discrimina
Psicólogo não puxa orelha, pune
Psicólogo não dá exemplo, faz modelação
Psicólogo não é sincero, é assertivo
Psicólogo não seduz, faz aproximações sucessivas
Psicólogo não surpreende, libera reforço interminente
Psicólogo não finge, faz ensaio comportamental
Psicólogo não sente, emite comportamentos encobertos
Psicólogo não perde medo, dessensibiliza
Psicólogo não fica a perigo, sofre privação
Psicólogo não é bacana, é reforçador
Psicólogo não muda de vida, opera no ambiente
Psicólogo não pega no pé, libera reforço contínuo.

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Tempo

“O tempo é muito lento
Para os que esperam,
Muito rápido para os que têm medo,
Muito longo para os que lamentam,
Muito curto para os que festejam.
Mas, para os que amam
O tempo é eternidade.”

( William Shakespeare )

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A cada dia

“A cada dia que vivo, mais me convenço que o Desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”

Carlos Drummond de Andrade

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Os ventos

“Os ventos que as vezes tiram algo que amamos são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar… Por isso não devemos chorar por algo que nos foi tirado e sim aprender a amar o que nos foi dado, pois tudo aquilo que é realmente nosso nunca se vai para sempre.”

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Não se acostume com o que não o faz feliz

“… Procure os seus caminhos,
mas não magoe ninguém nessa procura.
Arrependa-se, volte atrás, peça perdão!
Não se acostume com o que não o faz feliz,
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!Se o achar, segure-o!”

Fernando Pessoa

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Mães más

Um dia, quando os meus filhos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, eu hei de dizer-lhes:

Eu os amei o suficiente para ter perguntado: onde vão, com quem vão e a que horas regressarão?

Eu os amei o suficiente para não ter ficado em silêncio e fazer com que vocês soubessem que aquele novo amigo não era boa companhia.

Eu os amei o suficiente para os fazer pagar as balas que tiraram da mercearia e os fazer dizer ao dono: “Nós roubamos isto ontem e queríamos pagar”.

Eu os amei o suficiente para ter ficado em pé junto de vocês 2 horas, enquanto limpavam o seu quarto; tarefa que eu teria realizado em 15 minutos.

Eu os amei o suficiente para os deixar ver além do amor que eu sentia por vocês, o desapontamento e também as lágrimas nos meus olhos.

Eu os amei o suficiente para os deixar assumir a responsabilidade das suas ações, mesmo quando as penalidades eram tão duras que me partiam o coração.

Mais do que tudo, eu os amei o suficiente para dizer-lhes não, quando eu sabia que vocês poderiam me odiar por isso. Essas eram as mais difíceis batalhas de todas.

Estou contente, venci… porque no final vocês venceram também! E qualquer dia, quando meus netos forem crescidos o suficiente para entenderem a lógica que motiva os pais e as mães, meus filhos vão lhes dizer quando eles lhes perguntarem se a sua mãe era má: “Sim… Nossa mãe era má. Era a mãe mais má do mundo.

As outras crianças comiam doces no café e nós tínhamos de comer cereais, ovos e torradas. As outras crianças bebiam refrigerante e comiam batatas fritas e sorvete no almoço e nós tínhamos de comer arroz, feijão, carne, legumes e frutas. E ela obrigava-nos a jantar à mesa, bem diferente das outras mães, que deixavam os filhos comerem vendo televisão.

Ela insistia em saber onde nós estávamos a toda hora. Era quase uma prisão. Mamãe tinha que saber quem eram os nossos amigos e o que nós fazíamos com eles. Insistia que lhe disséssemos que íamos sair, mesmo que demorássemos só uma hora ou menos.

Nós tínhamos vergonha de admitir, mas ela violou as leis de trabalho infantil. Nós tínhamos de lavar a louça, fazer as camas, lavar a roupa, aprender a cozinhar, aspirar o chão, esvaziar o lixo e todo o tipo de trabalhos cruéis. Eu acho que ela nem dormia à noite, pensando em coisas para nos mandar fazer.

Ela insistia sempre conosco para lhe dizermos a verdade, e apenas a verdade. E quando éramos adolescentes, ela até conseguia ler os nossos pensamentos.

A nossa vida era mesmo chata.

Ela não deixava os nossos amigos tocarem a buzina para que nós saíssemos. Tinham de subir, bater à porta para ela os conhecer. Enquanto todos podiam sair à noite com 12, 13 anos, nós tivemos de esperar pelos 16.

Por causa da nossa mãe, nós perdemos imensas experiências da adolescência. Nenhum de nós esteve envolvido em atos de vandalismo, violação de propriedade, nem fomos presos por nenhum crime.

Foi tudo por causa dela. Agora que já saímos de casa, nós somos adultos, honestos e educados, estamos a fazer o nosso melhor para sermos “pais maus”, tal como a nossa mãe foi.

Eu acho que este é um dos males do mundo de hoje: Não há suficientes Mães más…

Dr. Carlos Hecktheuer

“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.” Provérbios 22:6

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Aprendendo com o melhor amigo do homem

Se um cachorro fosse o seu professor, você aprenderia coisas assim:
Quando alguém que você ama chega em casa, corra ao seu encontro.
Nunca perca uma oportunidade de ir passear.
Permita-se experimentar o ar fresco do vento no seu rosto.
Mostre aos outros que estão invadindo o seu território.
Tire uma sonequinha no meio do dia e espreguice antes de levantar.
Corra, pule e brinque todos os dias.
Tente se dar bem com o próximo e deixe as pessoas te tocarem.
Não morda quando um simples rosnado resolve a situação.
Em dias quentes, pare e role na grama, beba bastante líquidos e deite
debaixo da sombra de uma árvore.
Quando você estiver feliz, dance e balance todo o seu corpo.
Não importa quantas vezes o outro te magoa, não se sinta culpado…
volte e faça as pazes novamente.
Aproveite o prazer de uma longa caminhada.
Se alimente com gosto e entusiasmo. Coma só o suficiente.
Seja leal. Nunca pretenda ser o que você não é.
E o MAIS importante de tudo…
Quando alguém estiver nervoso ou triste, fique em silêncio,
fique por perto e mostre que você está ali para confortar.