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Abstinência Celulitica

Ela…

Ficou sem celular… Que ruim!!! Com a sensação que faltava algo, que faltava um pedaço…

Cinco minutos depois, abre a bolsa, pega o fone pra ouvir uma musiquinha e cadê? Já esqueceu que está sem ele… Frustrante!

Com dez, resolve jogar pra passar o tempo, ao procurar… Nada!

Meia hora depois, quer saber a hora… É melhor nem comentar!

Uma hora mais tarde, vê uma cena que merece ser fotografada… Ai!

Por fim resolve ligar pra casa…

Fica indignada com as situações. E tenta desvendar um enigma:

“Como viviam sem tecnologia antigamente? Ou melhor, como se vive sem um simples celular hoje em dia?”

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Sou assim

Tenho medo do provável. Dou risada do ridículo e choro porque tenho vontade, mas nem sempre tenho motivo. Tenho um sorriso confiante que as vezes não demonstra o tanto de insegurança por trás dele. Sou inconstante e talvez imprevisível. Não gosto de rotina. Eu amo de verdade aqueles para quem eu digo isso. E me irrito de forma inexplicável. São poucas as pessoas para quem eu me explico. Meus amigos não precisam; e meus inimigos não entenderiam!

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Momento difícil

É… Tenho demorado em aparecer por aqui…

E justo nos momentos mais difíceis quero me isolar, não quero ver ninguém, não quero me relacionar, não quero postar…

Decidi aparecer para tentar aliviar essa tristeza.

Mais uma vez perdi o emprego. Mais uma vez aquela sensação horrível de rejeição, de fracasso, de falta de expectativas para o amanhã, ou pior, desespero em pensar no amanhã.

Acho que toda pessoa quando passa por isso se sente exatamente como estou me sentindo. Li um artigo dando dicas para a pessoa desempregada. Só me ajudou no sentido de ver que não sou a única que sente essas aflições.

Mais enfim, me agarro com todas as forças na tal da esperança, afinal ela é a ultima que morre… (e a primeira que mata, mais pulo esse detalhe).

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Sou a Miss imperfeita

“Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes. Sou a Miss Imperfeita, muito prazer. Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou: trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço as unhas toda semana! E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic. Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres. Primeiro: a dizer NÃO. Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás. Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero. Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros. Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.

Você não é Nossa Senhora. Você é, humildemente, uma mulher. E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante. Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável.

É ter tempo. Tempo para fazer nada. Tempo para fazer tudo. Tempo para dançar sozinha na sala. Tempo para bisbilhotar uma loja de discos. Tempo para sumir dois dias com seu amor. Três dias. Cinco dias! Tempo para uma massagem. Tempo para ver a novela. Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza. Tempo para fazer um trabalho voluntário. Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto. Tempo para conhecer outras pessoas. Voltar a estudar. Para engravidar. Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado. Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal. Existir, a que será que se destina? Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada. Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem. Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!

Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente. Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir. Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.

Desacelerar tem um custo. Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.
Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores. E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante”.

(Martha Medeiros)

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Psicólogo

Psicólogo não elogia, reforça
Psicólogo não fica de mal, põe em extinção
Psicólogo não troca às bolas, generaliza
Psicólogo não dá toque, discrimina
Psicólogo não puxa orelha, pune
Psicólogo não dá exemplo, faz modelação
Psicólogo não é sincero, é assertivo
Psicólogo não seduz, faz aproximações sucessivas
Psicólogo não surpreende, libera reforço interminente
Psicólogo não finge, faz ensaio comportamental
Psicólogo não sente, emite comportamentos encobertos
Psicólogo não perde medo, dessensibiliza
Psicólogo não fica a perigo, sofre privação
Psicólogo não é bacana, é reforçador
Psicólogo não muda de vida, opera no ambiente
Psicólogo não pega no pé, libera reforço contínuo.

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Tempo

“O tempo é muito lento
Para os que esperam,
Muito rápido para os que têm medo,
Muito longo para os que lamentam,
Muito curto para os que festejam.
Mas, para os que amam
O tempo é eternidade.”

( William Shakespeare )

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A cada dia

“A cada dia que vivo, mais me convenço que o Desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.”

Carlos Drummond de Andrade

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Os ventos

“Os ventos que as vezes tiram algo que amamos são os mesmos que trazem algo que aprendemos a amar… Por isso não devemos chorar por algo que nos foi tirado e sim aprender a amar o que nos foi dado, pois tudo aquilo que é realmente nosso nunca se vai para sempre.”

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Não se acostume com o que não o faz feliz

“… Procure os seus caminhos,
mas não magoe ninguém nessa procura.
Arrependa-se, volte atrás, peça perdão!
Não se acostume com o que não o faz feliz,
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!Se o achar, segure-o!”

Fernando Pessoa