Independência ou vida

A sutil e tênue linha que separa o “Sou eu que pago minhas contas!” do “Sou eu que crio os meus filhos!” define a grande decisão que tomei nos últimos dias.
É muito mais intenso, mais importante, é o que realmente vale a pena, é o que realmente quero para minha vida! Eu quero participar inteiramente no desenvolvimento e criação dos meus filhos.
Eu sou a responsável por eles. Quero assumir todas as consequências. Positivas e negativas, se acertar quero ter o orgulho e se errar, quero assumir e responder por isso.
Eu tenho a necessidade de estar com eles o tempo todo! Faço questão de dar banho, trocar fralda, escovar os dentes, fazer lição de casa, assistir desenho, dar café, almoço, janta, pentear os cabelos, ir ao pediatra. Preciso acompanhar cada traquinagem, cada peripércia. Coisas simples que dão um trabalho imenso.
Não estava dando conta de tudo. Se mulher, esposa, dona de casa, mãe, profissional entre outras mil tarefas estavam me deixando louca.
Vou ter que mudar muita coisa. Ter que engolir muitos mitos e preconceitos que vem de mim mesma. Vou ter que aceitar que não sou dona do meu próprio sustento. Vou depender daquele que amo. Vou drasticamente matar meu eu consumista e compulsiva. Vou aprender a duras penas.
Abro mão de mim para me dedicar a eles.
Antes abrir mão agora, do que me arrepender depois. Depois quando eles estiverem crescidos, de que não dependam mais das minhas asas. Posso me arrepender mas é melhor do que me arrepender de não ter tentado.
Eu parei, eu refleti, eu pensei, repense, coloquei na balança, reorganizei as posições, inverti as prioridades e decidi.
Nasci para ser mãe!
Então me deixa erguer a cabeça e continuar a caminhada que ainda tem muito trabalho pela frente!

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