[In]sanidade

Aaaaaaah, a maternidade…
Deitei tarde, levantei várias vezes com o bebê nas altas horas por madrugada afora. Amanheceu, levantei definitivamente, preparei o filho do meio pra escola, despachei. Junto é claro, com o caçula no colo. Arrumei o pequeno e fomos para consulta rotineira com pediatra. Quando enfim sentei, me dei conta que não comi e pior ainda, MINHA BLUSA ESTAVA NO LADO AVESSO, sim, avesso. Claro que entrei em qualquer roupa e obviamente nem tive tempo de olhar no espelho. Por um instante pensei em ir ao banheiro arrumar mas… E se a médica chamasse na hora? E outra, teria que tirar o canguru. E ainda e mais importante, quem segura o bebê enquanto isso. Bom, deixa assim mesmo, nem ligo para as pessoas me olhando, se bem que deve ser meio bizarro a etiquetona pra fora bem visível já que o cabelo está preso no coque habitual.
Volta pra casa, uma postagenzinha marota no blog, pelo celular mesmo porque não da tempo de ligar o computador e conseguir sentar e permanecer na frente dele é artigo de luxo.
Corre! Tomar café que já está na hora de começar fazer o almoço. Uma hora a filha mais velha entra na escola, tem que ter comido. Ufa, ela já se prepara sozinha, preciso apenas dar as coordenadas a ela, todas as coordenadas, levanta, escova os dentes, toma café, arruma a cama, se arruma, larga o celular, arruma a bolsa, confere tudo de novo, almoça…
Vamos! Levar na escola, voltar, dar banho no pequeno, se conseguir que durma, almoçar, faxinar.
O segundo chega da escola, preparar o café da tarde, se der, comer, jajá ir buscar a n° 1 na escola, banhos, preparar janta, jantar, louça, ao mesmo tempo que tudo, com o n°3 que está na fase espuleta, amamentando sem hora definida, colo colo e colo, dando assistencia ao n° 2 e a mais velha também, claro.
E ainda bem que hoje não preciso ir no mercado, no sacolão, açougue nem nada.
E no meio disso de olho nas redes sociais. E torcendo pra sobrar um tempinho pra fazer meus artesanatos. E ler ao menos um capítulo do livro. E quem sabe ainda cuidar das unhas. Ah, é mesmo, tenho que cortar as unhas dos meninos hoje também.
E antes de dormir engolir mais uma vez a não resposta a pergunta de sempre do marido, “cansada de que?”.

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