Pelo direito de ficar triste

Veja bem, reivindico a mim mesma o direito de ficar triste. O direito, não o hábito, não o dever.
Sou cheia de dilemas, aqui dentro tem tanta coisa, tanto desejo, tantas ideias, tantos planos, tanta vontade. A mente da gente é muito complexa. Não consigo lidar muito bem com certos padrões, com certas coisas que a vida faz com a gente. Lidar com nossos fantasmas e com as consequências das nossas escolhas e atos muitas vezes é pesado e mais pesado ainda é lidar com aquilo que não é nosso, que é dos outros mas atinge diretamente nossas estruturas. Lutar sem cessar para aceitar e administrar tudo isso cansa. Aguentar 100% do tempo de bom humor, sem tropeçar e sem derrubar a peteca é insano.
Insano mesmo é querer carregar o mundo nas costas. Insano é não se permitir desmoronar de vez em quando. 
Me odeio quando não me permito surtar. Odeio sentir culpa por não dar conta de tudo. Odeio me odiar.
Esporadicamente tenho minhas crises de quem sou, o que estou fazendo, para onde vou…
Pode não parecer por essas linhas, mas sou uma otimista daquelas insuportáveis, que para cada momento de bad já tem uma frase pronta de auto astral. Sempre extraindo algo de bom das coisas, mesmo das coisas ruins, sempre aprendizado pelo menos. Experiência! 
Mas estou no meu momento fechado, de introspecção, de análise, de busca, balanço e desejo de encontrar aqui dentro comigo mesma. Me deixa! Em breve estou de volta.

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