Dei uma pausa, abdiquei do direito de ser eu mesma mas meu ser não cabe na gaveta, clama socorro, implora liberdade. Saudade de ser Alinne. Muita dor! Na cabeça e no peito. Tentar dormir para ver se passa. Ao menos a física… Essa normalmente cura mais fácil. Quanto mais dói mais quero escrever. Por para fora o que não consigo em fala. Tal qual um poeta louco, solitário e incompreendido.
Viver é tão complexo, deixar de viver é uma tragédia. Bilhões de pessoas no mundo e ainda sim pontadas fortes de solidão, essa corrói, maltrata, destrói. Não solidão de estar só, sim de sua essência estar presa, adormecida.
As escolhas deixam para trás coisas imagináveis. O quase, o se, o talvez… O “vou guardar para depois” e a incerteza do depois. O que tem que ser agora? Como diferenciar as coisas? Como abolir o erro? Não tem como!
Eu quero o direito de surtar, a dádiva de levantar e a chance de continuar, sempre continuar! Meus medos, minhas angústias, meus dilemas, são meus, não há quem possa resolver por mim, são resultados das minhas escolhas, das minha decisões.
A maternidade expira ainda mais cuidados, tudo respinga diretamente na vida dos seus dependentes. Com isso deixam muito mais pesados os fardos, mais doloridos e difíceis. Mas são doces os frutos! Realmente amor incondicional, sem pensar você dá a vida pela deles, esquece de si, ai mora o perigo. Se repreende, se sacrifica, se apaga. E quando sobrecarrega… É fatal!
O matrimônio então. Certamente o segredo é o amor! O caráter, a fidelidade e o respeito bem na sequência. Lidar com os frutos de suas escolhas é difícil, lidar com as decisões dos outros é pior ainda. Se as escolhas não estiverem alinhadas ambos sofrem e não há opção que não seja trágica e dolorida.
Redefinir-se constantemente, continuar a nadar, cair e levantar.
Reorganizar as prioridades e aceitá-las. Prioridades. Está ai o que move a vida.